Polêmica no Alto Leblon: transferência de colégio causa revolta e protesto.
23/03/2010 05:04Não é só pelos royalties que o Rio de Janeiro protesta. Na manhã deste sábado, às 11h, moradores do Alto Leblon vão às ruas para uma manifestação contra a transferência do colégio "Espaço Educação", que atualmente está na Rua Almirante Gilhem, para a Rua Timóteo da Costa. Segundo os moradores, a nova localidade não tem condições de abrigar uma escola e a mudança acarretaria inúmeros problemas ao trânsito.
"Queremos que todos entendam que ninguém aqui é contra escola. Que adulto em sã consciência seria contra a construção de uma escola? Claro que não. A questão é que a lei tem que ser preservada para todo mundo. As pessoas precisam respeitar a lei acima de tudo e a legislação impede que ruas de ZR2 (áreas de baixa densidade) tenham escolas. Se a construção for permitida, isso vai virar um caos", explica a presidente da Associação de Moradores do Leblon e Alto Leblon, Evelyn Rosenzweig.
Em conversa com o SRZD, ela garantiu que o laudo inicial da Companhia de Engenharia e Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) dizia que a escola não poderia ser transferida para a Rua Timóteo da Costa. No entanto, Evelyn disse que tráfico de influência fez a segunda avaliação do órgão permitir a transferência.
"A própria lei tem uma brecha que permite escolas já existentes de se transferirem para ZR2. O problema é que aqui esse lugar não pode suportar uma escola", argumenta a presidente da associação. Para permitir a transferência, a CET-Rio fez uma série de exigências, como contratação de operadores de tráfego para trabalharem na porta da instituição e a entrada de turmas em horários escalonados, com intervalos de 20 minutos.
"Isso não vai adiantar de nada, só se dividissem as turmas ao longo do dia inteiro, o que não vai acontecer. A instalação de uma baia também foi pedida, mas a posição do terreno da escola obrigaria os pais de aluno a fazerem uma bandalha para entrar na escola. Colocar meio carro para fora da rua já é o suficiente para engarrafar o trânsito aqui. Uma escola seria o caos".
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